sábado, 31 de julho de 2010

Ah, se eu tivesse o poder de deitar e dormir.

Eu, com certeza, seria um pouquinho menos estressada durante o dia, se dormisse bem e rapidamente, a noite. Mas, não. Ao contrário disso, eu resolvo me enrolar no lençol e ficar rodopiando e fazendo ginástica artística deitada em minha cama, esperando o sono chegar. Quando eu era mais nova, meu pai se irritava comigo e dizia: É só você ficar quietinha, sem se mexer, pensar em alguma musica calma que você goste, e pronto. O sono logo logo vai chegar. - E pra falar a verdade, funcionava perfeitamente. Funcionava.
Quando resolvo ir para a cama é porque já estou com sono suficiente para dormir, mas não, eu não durmo assim tão facilmente. Eu fico pensando. Em tudo, no mundo, em você. E daí me vem na mente uma imagem sua sorrindo, junta com outra imagem de você me olhando nos olhos e dizendo que adora o meu cabelo e o meu sorriso. Fico pensando nisso uma boa parte do tempo, até que eu começo a pensar em como as pessoas gostam de ser dramáticas quando estão apaixonadas. E como EU sou três vezes mais retardada do que essas pessoas.
Porque sim. Eu, no estado que me encontro, fico totalmente retardada. E todos que estão na mesma situação, também ficam.
É como se ser idiota fizesse parte do pacote. Do tipo: Se você não estiver disposto a parecer retardado, então você não está pronto para se apaixonar. E aí, é quando você começa a se ver por cima. Andando na rua, sorrindo para as árvores e por mais que você tente - e mostre que está tentando - evitar o sorriso, você não consegue. E É AÍ que ficamos que nem retardados. Então, depois de noventa minutos amaciando o colchão, resolvi não pensar mais em você. Encontrei-me ao ponto de parar de pensar e gritar comigo mesma: Droga Stéphanie, fecha os olhos e dorme! - Mas, eu não consegui. Porque ao fechar os olhos, me vem logo a sua imagem. Por isso, decidi não tentar esquecer você, nem o seu rosto e nem as coisas que você me fala. Tentar fazer disso tudo, ser a musica calma que meu pai tinha me explicado. E ao contrário de ficar me debatendo na cama, vou tentar imaginar em como seria dormir em seus braços.
[...]


Consegui.